sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Contador de Histórias


     O filme "O Contador de Histórias" contou a biografia de Roberto Carlos Ramos ( que nos abrilhantou com suas histórias, no Centro de Cultura, em 16/02/2012, na abertura do ano letivo).
     O filme passa-se na década de 1970, iniciando sua ação na cidade de Belo Horizonte onde Roberto Carlos Ramos vive com a mãe e seus nove irmãos em uma favela. A mãe leva-o então para a Febem acreditando que lá o filho terá melhores oportunidades, podendo até tornar-se um doutor.
     Na instituição, Roberto Carlos usa sua criatividade para conseguir mais comida e atenção, também aprende a impor moral entre os internos, mas ao tornar-se adolescente é transferido para outra instituição onde as regras são mais rígidas.Para fugir de castigos físicos, ele e outros internos descobrem o mundo das drogas e de pequenos delitos, fugindo sempre que aparece oportunidade para isso. Seu comportamento é rotulado pela instituição de irrecuperável. Nesse momento de sua vida, aparece a pedagoga francesa Margherit Duvas, que aos poucos, com palavras carinhosas e atitudes educadas vai conquistando o menino irrecuperável. Ela o adota e ele então tem a chance de se alfabetizar, estudar e dar asas a sua criatividade. Ambos vão viver na França. Após concluir seus estudos, Roberto Carlos retorna à Febém, como educador, e inicia sua história com outras crianças e adolescentes que ele vai adotando e criando uma família numerosa, com vinte filhos adotivos, alguns, como ele, ditos irrecuperáveis pelas instituições.
     Roberto Carlos é considerado um dos dez melhors contadores de história do mundo.

 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS
     As histórias infantis têm papel fundamental na formação do indivíduo, tornando-o criativo, crítico e capaz de tomar decisões.
     Entretanto, não é só criança que gosta de ouvir histórias, o adulto também aprecia escutar "casos" que desconhece.
     O contador de histórias deve ser também um bom ouvinte, de si mesmo, do próximo e do mundo. Deve ser sensível para ouvir e falar. Contar uma história simplesmente porque gosta de contar uma história não define o bom narrador.
     Um bom contador de histórias deve trabalhar o seu texto: selecionar de acordo com o público alvo, recriar o que está ultrapassado, ensaiar a sua performance e jamais esquecer dos elementos necessários: emoção na transmissão da história, usar e abusar de todas as expressões possíveis para transmitir o que as palavras não conseguem contar, manter um tom de voz de acordo com as passagens do texto, conhecer a história (isto é essencial), ter segurança, naturalidade, desibinição e espontaneidade.


Um comentário:

  1. Foi realmente fantástica a palestra! Este foi um grande presente para nós!!
    Ótimo 2012 pra você!!

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