domingo, 26 de fevereiro de 2012

A todos vocês que são esses AMIGOS tão especiais...



ORAÇÃO DO AMIGO
Gabriel Chalita


     Há muito se diz que, quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro precioso. Há muito se diz que amizade verdadeira dura para sempre. Não tem aquelas tempestades da paixão e nem a calmaria exagerada do descompromisso. É o meio termo. É a bonita sensação do estar perto e, de repente, deixar o silêncio chegar. Não exige tanto. Exige tudo.
     As amizades nascem do acaso. Ou de alguma força que faz com que uma simples brincadeira, uma informação, um caderno emprestado, uma dor, seja capaz de unir duas pessoas. E a cumplicidade vai ganhando corpo, e o desejo de estar junto vai aumentando, e , com ele, a sensação sempre boa de poder, de partilhar, de se doar.
     Há muito se diz que os amigos verdadeiros são aqueles que se fazem presentes nos momentos mais difíceis da vida, naqueles momentos em que a dor parece querer superar o desejo de viver.
     De fato, os amigos são necessários nesses momentos. Mas, talvez, a amizade maior seja aquela em que o amigo seja capaz de estar ao lado do outro nos momentos de glória, e vibrar com essa glória. Não ter inveja. Não querer destruir o troféu conquistado. Aplaudir e se fazer presente. Ser presente.
     A amizade não obedece à ordem da proporcionalidade do merecimento. Não há sentido em querer de volta tudo o que com generosidade se distribui. A cobrança esmaga o espontâneo da amizade. E a surpresa alimenta o desejo de estar junto.
     O amigo gosta de surpreender o outro com pequenos gestos. Coisas aqui e ali que roubam um sorriso, um abraço, um suspiro. E tudo puro, e tudo lindo.
     Há muito se diz que não é possível viver sozinho. A jornada é penosa e, sem amparo, é difícil caminhar.
     Juntos, os pássaros voam com mais tranquilidade. Juntas, as gaivotas revezam a liderança para que nem uma delas se canse demais. Juntos, é possível aos golfinhos comentarem a beleza de um oceano infinito. Juntos, mulheres e homens partilham momentos inesquecíveis de uma natureza que não se cansa de surpreender.

Eu te peço, Senhor, nessa singela oração,
que me dês a graça de ser fiel aos meus amigos.
São poucos.
E impossível seria que fossem muitos.
São poucos, mas são preciosos.
Eu te peço, Senhor,
que me afaste do mal da inveja
que traz consigo outros desvios.
A fofoca.
A terrível fofoca que humilha, que maltrata,
que faz sofrer.
Eu te peço, Senhor, que o sucesso do outro
me impulsione a construir o meu caminho,
e que jamais eu tenha ânsia de querer
atrapalhar a subida de meu amigo.
Eu te peço, Senhor, a graça de ser leal.
Que eu saiba ouvir sempre
e saiba quando é necessário falar.
Senhor, sei que a regra do ouro da amizade
consiste em não fazer ao amigo
aquilo que eu não gostaria que ele me fizesse.
E te peço que eu seja fiel a essa intenção.
E sei que esta regra fará com que o que
se diz há tanto tempo se realize na minha vida.
Que eu tenha poucos amigos,
mas amigos que permaneçam para sempre.
Não poderia ter muitos.
Não teria tempo para cuidar de todos.
E de amigo a gente cuida.
Amigo a gente acolhe,
a gente ama.
Senhor, protege os meus amigos.
Que nesta linda jornada,
consigamos conviver em harmonia.
Que, nesse lindo espetáculo,
possamos subir juntos ao palco.
Sem protagonista.
Ou melhor, que todos sejam protagonistas,
e que todos percebam
a importância de estar ali.
No palco.
Na vida.
Obrigado, Senhor, pelo dom de viver e de conviver.
Obrigado, Senhor, pelo dom de sentir
e de manifestar o meu sentimento.
Obrigado, Senhor, pela capacidade de amar,
que é abundante
e é sem fim.

Amém!


    

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Inicio do Ano Letivo


     Este ano fomos recepcionados, no Centro de Cultura de Sapiranga, de uma forma nada convencional.
     Show!!! Maravilha!!!
     Nossa entrada triunfal no Ano Letivo foi em ritmo de carnaval.
     Obrigada! Adorei!


"De tudo o que se faz na vida, ficam três coisas:
a certeza de que estamos sempre começando;
a certeza de que é preciso continuar;
a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar.
Fazer da interrupção um caminho novo,
fazer da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro.
E assim terá valido a pena existir".



ORAÇÃO PARA O INICIO DO ANO LETIVO
                            (Formatado pelo Colégio estadual Santo Cândido/2010)

     Senhor, eu olhei para a manhã, e achei que Tu querias filmar em cores todas as minhas esperanças.
     Eu olhei para o Sol, e achei que Tu querias penetrar em todas os cantos de minha alma.
     Eu olhei para as estrelas, e achei que Tu querias olhar dentro da noite de minhas tristezas.
     Eu olhei para a noite, e achei que Tu querias pedir que eu provasse um pouco do teu cálice.
     Eu olhei para as fontes, e achei que Tu querias dizer que nunca me deixas faltar o teu conforto.
     Eu olhei para as flores, e achei que Tu querias ensinar-me como deve ser minha presença entre as pessoas.
     Eu olhei para as crianças, e achei que Tu querias mostrar como posso viver sem complicar as coisas.
     Eu olhei para a cruz, e achei que tu querias dizer que para muitos Tu, nela és apenas um enfeite.
     Eu olhei para mim mesmo, e achei que Tu querias dizer que só o amor é que pode fazer grande o meu coração.
     Eu olhei para os pobres, e achei que Tu querias pedir que eu te descobrisse no meio deles.
     Depois, Senhor, eu olhei para o Teu olhar e achei que Tu também olhavas para mim.
     Senhor, é com este Teu olhar que quero começar este ano letivo.
    
"A vida é um projeto que você mesmo constrói."



Professor é...
Um transmissor de verdades, de inverdades...
Um cultivador de amor, de amizades.
Um convicto de acertos, de erros...
Construtor de seres, de vidas.
Um edificador movido por impulsos,
por razão, por emoção.


Sejam Bem-Vindos ao Ano Letivo de 2012!!!!

O Contador de Histórias


     O filme "O Contador de Histórias" contou a biografia de Roberto Carlos Ramos ( que nos abrilhantou com suas histórias, no Centro de Cultura, em 16/02/2012, na abertura do ano letivo).
     O filme passa-se na década de 1970, iniciando sua ação na cidade de Belo Horizonte onde Roberto Carlos Ramos vive com a mãe e seus nove irmãos em uma favela. A mãe leva-o então para a Febem acreditando que lá o filho terá melhores oportunidades, podendo até tornar-se um doutor.
     Na instituição, Roberto Carlos usa sua criatividade para conseguir mais comida e atenção, também aprende a impor moral entre os internos, mas ao tornar-se adolescente é transferido para outra instituição onde as regras são mais rígidas.Para fugir de castigos físicos, ele e outros internos descobrem o mundo das drogas e de pequenos delitos, fugindo sempre que aparece oportunidade para isso. Seu comportamento é rotulado pela instituição de irrecuperável. Nesse momento de sua vida, aparece a pedagoga francesa Margherit Duvas, que aos poucos, com palavras carinhosas e atitudes educadas vai conquistando o menino irrecuperável. Ela o adota e ele então tem a chance de se alfabetizar, estudar e dar asas a sua criatividade. Ambos vão viver na França. Após concluir seus estudos, Roberto Carlos retorna à Febém, como educador, e inicia sua história com outras crianças e adolescentes que ele vai adotando e criando uma família numerosa, com vinte filhos adotivos, alguns, como ele, ditos irrecuperáveis pelas instituições.
     Roberto Carlos é considerado um dos dez melhors contadores de história do mundo.

 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS
     As histórias infantis têm papel fundamental na formação do indivíduo, tornando-o criativo, crítico e capaz de tomar decisões.
     Entretanto, não é só criança que gosta de ouvir histórias, o adulto também aprecia escutar "casos" que desconhece.
     O contador de histórias deve ser também um bom ouvinte, de si mesmo, do próximo e do mundo. Deve ser sensível para ouvir e falar. Contar uma história simplesmente porque gosta de contar uma história não define o bom narrador.
     Um bom contador de histórias deve trabalhar o seu texto: selecionar de acordo com o público alvo, recriar o que está ultrapassado, ensaiar a sua performance e jamais esquecer dos elementos necessários: emoção na transmissão da história, usar e abusar de todas as expressões possíveis para transmitir o que as palavras não conseguem contar, manter um tom de voz de acordo com as passagens do texto, conhecer a história (isto é essencial), ter segurança, naturalidade, desibinição e espontaneidade.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Para quem é pai/mãe e para aqueles que o serão...

Texto de Affonso Romano de Sant'Anna


     Há um periodo em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
     Crescem sem pedir licença à vida.
     Crescem com uma estridência alegre, e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente.
     Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
     Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
     Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
     A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil...
     E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos.
     Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros.
     Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados!
     Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas.
     E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
     Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Sairam do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
     Deveríamos ter ido mais às camas deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
     Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhe demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
      Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nossso afeto.
     No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais , páscoa, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
     Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
     Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
     Chega o momento em que só resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível.
     O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de re-editar o nosso afeto.
     Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
     Aprendemos a ser filhos depois que somos pais... Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...
  


     Hoje, meus filhos estão crescidos o suficiente para entenderem a lógica dos pais.
     Não lembro exatamente quando foi que deixei de ir até suas camas para dar o beijo de "Boa Noite", em que parte de suas vidas vocês deixaram desnecessário o ósculo em suas testas. Espero que vocês lembrem que, a partir daí, o beijo era enviado pelos meus olhos.
     Eu amei-os, ainda amo, o suficiente para querer saber, sempre e sempre, de suas vidas. Adorava minha casa cheia de adolescentes (barulhentos, às vezes chatos), mas assim eu sabia exatamente quem e o que eram seus amigos.
     Chorei muito! Com vocês e por vocês! Houve desapontamentos, angústias, mas houve muito mais alegrias, vitórias conquistadas, gargalhadas compartilhadas. Graças a Deus que a grande maioria de minhas lágrimas foram de pura emoção, contentamento, felicidade!
     Nunca silenciei quando era necessário "soltar o verbo e mandar ver". Disse palavras duras, doídas.Disse, sim! Graças a elas vocês nunca puderam vivenciar imensas experiências que a maioria dos adolescentes "cairam de boca": nunca estiveram envolvidos com drogas, nunca roubaram, não violaram propriedades, não praticaram vandalismo, não cometeram nenhum crime contra a sociedade e contra vocês mesmos.
     Vocês são adultos, podem sonhar com o que queiram sonhar, podem ir onde queiram ir, podem ser o que queiram ser, mas não esqueçam que temos apenas uma vida e uma oportunidade para fazer o certo ou o errado.
     Vocês já cresceram o suficiente para valorizar as pequenas felicidades, já tiveram provas suficientes para serem fortes e seguir sendo humanos.
     Sejam felizes! Amo vocês!!!!!!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cordel Para Pedro Bial


     Antônio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, em Santa Bárbara/Bahia-Brasil. Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
     Graduado em Letras Vernáculas e pós-graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.
     Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
     Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, publicou aproximadamente 100 folhetos de cordel, abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.
     Antônio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.



BIG BROTHER BRASIL, UM PROGRAMA IMBECIL.

Autor: Antônio Barreto

 
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria!

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro...

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém',
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial,
Chega de esculhambação,
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação!
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval,
Pois tiveram que lutar
Pra lhe manter e educar

Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio,
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como o Brasil,
Carente de educação,
Precisa de gente grande
Para dar boa lição.
Mas você, na rede Globo,
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal,
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro.
Dá muito duro, anda rouco,
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social

Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar, sem engano,
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano,
Onde imperam a esperteza,
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano!

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas,
Sem critério e sem ética,
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê, realmente,
É um programa deprimente,

Sem qualquer objetivo!

Talvez haja objetivo,
"professor" Pedro Bial:
O que vocês estão querendo
É injetar o banal,
Deseducando o Brasil,
Nesse Big Brother vil,
De lavagem cerebral!

Isso é um desserviço,
Mal exemplo à juventude,
Que precisa de esperança,
Educação e atitude.
Porém, a mediocridade
Unida à banalidade,
Faz com que ninguém estude...

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso,
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina,
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer",
Deixando o povo demente,
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer!

A você, Pedro Bial,
Um mercador da ilusão,
Junto a poderosa Globo,
Que conduz nossa Nação,
Eu lhe peço esse favor:
Reflita sobre seu labor
E escute seu coração.

E vocês, caros irmãos,
Que estão nessa cegueira,
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo;
Isso é papel de bobo.
Fujam dessa baboseira!

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil,
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor,
Que nós somos os culpados,
Porque saem do nosso bolso
Esses milhões desejados,
Que são ligações diárias,
Bastante desnecessárias,
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria,
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade;
Um mar de vulgaridade,
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual!
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual!

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores,
Dos alunos, dos políticos,
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

(Barreto termina assim, alertando Bial:)

Reveja logo esse equívoco!
Reaja à força do mal!
Eleve o seu coração,
Tomando uma decisão,
Ou então: siga, animal!



ENVELHESCÊNCIA

Você é um envelhescente????
Mário Prata

     Se você tem entre 45 e 65 anos, preste atenção no que se segue. Se for mais novo, preste atenção também porque um dia vai chegar lá. E se já passou, confira.
     Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice.
     Quase correto!
     Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice, existe a ENVELHESCÊNCIA!!!
     A envelhescência nada mais é do que uma preparação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade.
     Engana-se quem acha que o homem maduro fica valho de repente. Assim, da noite para o dia. Não!!!
     Antes a envelhescência!!!
     E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência?
    Coloque os óculos e veja como este novo estágio é maravilhoso. Já notou que andam aparecendo algumas espinhas em você? Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de 20 anos.
     Os adolescentes mudam a voz. os envelhescentes também. Mudam o ritmo de falar, mudam o timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido, os envelhescentes querem falar mais lentamente.
     Os adolescentes não tem ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhecentes evitam pensar nisso.
      Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes... Ambos são irritadiços, enervam-se com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites em suas vidas.
      Às vezes, um adolescente tem um filho, é uma coisa precoce.
      Às vezes, um envelhescente tem um filho, é uma coisa "Pós-coce".
     Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Os envelhescentes também não entendem eles. "Ninguém me entende" é uma frase típica de envelhescente.
     Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes também. A contragosto, idem.
     O adolescente adora usar um tênis e uns cabelos "da hora". O envelhescente também. Sem falar nos brincos. Ambos adoram deitar e levantar tarde.
     O adolescente ama assistir um show de artista envelhescente (Caetano,Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente.
     O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.
     Ambos bebem escondido da família.
     O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente, quando diz "uma a cada três dias", está mentindo.
     A adolescência vai de 10 a 20 anos. A envelhescência vai dos 45 aos 65 anos. Depois, sim, virá a velhice que nada mais é do que a maturidade do envelhescente.
     Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer: "É um eterno envelhescente"! ... Que bom!!!!

     O texto anterior foi escrito por um homem, descrevendo a envelhescência masculina. Ele escreveu o que sentia, observou, vivenciou...
     Penso, melhor, tenho certeza, que a envelhescência feminina é muito diferente da masculina.
     Estou lá! Sei como é!
     Até por volta dos 40 anos, a existência da mulher é totalmente voltada para fora: trabalhar, procriar, educar, produzir. Após este período, ela começa a jornada para o seu interior, em busca de sua essência, de um autoentendimento. E isto independe de esta mulher ter ou não ter um companheiro de viagem.
     De repente, o coração feminino pede maior profundidade e surge o desejo de procurar um outro sentido para a vida e uma conexão com algo mais sublime. Seguindo este forte impulso, o coração clama por mais alívio, paz, alegria, não mais com base no que o mundo material vai oferecer, mas com o esteio do mundo espiritual.
     Não acredito, em absoluto, que a envelhescente se pareça com a adolescente. Ao contrário, é a água e o vinho. A adolescente é a água que mata a sede, a envelhescente é o vinho que é saboreado, bebericado, apreciado pelo embevecimento que proporciona.
     A adolescente muda totalmente o seu corpo, a envelhescente faz de tudo para não mudar.
     A adolescente se comunica aos gritos, a envelhecente tem uma fala mais ponderada, mais feminina.
     A adolescente usa roupas que expõe suas belas formas, pernas e seios roliços, enlouquecendo o sexo oposto. A envelhescente também gosta de mostrar seus atibutos, mas é um pouco mais discreta, deixando o sexo oposto curioso e louco de vontade de descobrir mais.
     A adolescente, geralmente, é irritada e irritante. A envelhescente é sensual.
     Na adolescência e na envelhescência começamos a nos conhecer melhor. A adolescente escuta o modismo, a envelhescente escuta o coração. A adolescente necessita de tudo, a envelhescente se desapega das coisas desnecessárias.
     Entretanto, ambas têm uma necessidade em comum: serem tratadas como uma melher merece!


    

QUEM SOU EU?



Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência.
Eu sou pura emoção,
Tenho razões e motivações próprias.
Me movimento por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles eu sei...
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere, mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam, mas não deixam cicatrizes.
Não me fale de nuvens, eu sou Sol e Lua.
Não conte as poças, eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eternidade e atemporal.
Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula.
Sou um todo e às vezes sou nada.
Você não me vê, mas me sente.
Estou tanto na sua solidão, quanto no seu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim, e todo o meio.
Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas em motivações pessoais.
Todas corretas,  todas erradas.
Sou tudo!
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou fênix, renasço das cinzas.
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista, nunca a história.
Mudo de cenário, mas não de roteiro.
Sou música: ecoo, reverbero, sacudo.
Sou fogo: queimo, destruo, incinero.
Sou água: afogo, inundo, invado.
Sou vento: arrasto, balanço, carrego.
Sou tempo: sem medidas, sem marcações.
Sou clima: proporcional a minha fase.
Sou furacão: destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo: construo, recomeço...
Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.
Sou seu problema e sua solução.
Sou seu veneno e seu antídoto.
Sou sua memória e seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar e seu trono.
Sou sua prisão: seu abandono e sua liberdade.
Sua luz, sua escuridão...
E seu desejo de ambas.
Velo seu sono...

Poderia continuar me descrevendo, mas já te dei uma ideia de quem sou...
Muito prazer, tenho vários nomes, mas aqui, na sua terra,
chamam-me de ...

AMOR

(desconheço o autor)

DEFINIÇÕES




  Texto retirado do livro
"O homem que veio da sombra"
de
Luiz Gonzaga Pinheiro






Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira qua a tratamos.

Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito, colocando o coração em cada palavra.

Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.

Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.

Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considero feito.

Filhos: É quando Deus entrega uma joia em nossas mãos e recomenda cuidá-la.

Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Mágoa: É um espinho que colocamos no coração e esquecemos de retirar.

Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

Mediunidade com Jesus: É quando a gente serve de instrumento em uma comunicação mediúnica e a música tocada parece um noturno de Chopin.

Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.

Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Obsessor: É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.

Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros, a gente queima tudo em um dia.

Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.

Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Reencarnação: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que fez, para se lembrar do que ainda não fez.

Saudade: É, estando longe, sentir vontade de voar, e, estando perto, querer parar o tempo.

Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A vida é uma chama de ...


Conquistas...
   Lutas...
      Alvo...
         Acaso...
            Vitória...
               Derrota...
                  Ideal...
                     Desilusão...
                        Dor...
                           Pódio...
                              Rua...
                                 Ganho...
                                    Perda,

e na superação de todos
a medalha de ouro
É do herói que vive um sonho:
A supremacia da
Paz... Força... Paixão...
Dedicação... Garra...
Determinação...
Confiança em Deus...
Perseverança... Idealismo...

Alguns sonhos se tornam eternos, sonhos que desejamos
de todo coração,
e farei tudo o que puder,
para seguir com minha promessa,
colocarei tudo na direção,
para alcançar o que finalmente será meu.
Se eu puder alcançar mais alto,
e por um momento tocar o céu,
em um momento especial de minha vida,
eu serei forte porque fiz o meu melhor,
e aceitarei o grande desafio.

Se eu puder alcançar...

Alguns dias surgem para serem lembrados,
dias que elevamos acima das estrelas.
Então irei quão longe for preciso,
para alcançar mais alto deste vez.
Quanto mais eu acreditar,
mais este sonho será meu!

(desconheço o autor)